Você sabia que as mulheres não podiam nem participar de competições esportivas? Ou mesmo votar, estudar e trabalhar? Por muitos e muitos anos foi atribuído à mulher apenas o papel de cuidar das tarefas domésticas. Por isso, vamos fazer o caminho inverso e mostrar mulheres que inspiram.
Poder trabalhar, estudar e escolher eram palavras que não faziam parte do cotidiano das mulheres antigamente. Afinal, elas não tinham “direito” para fazer tais coisas. Surreal, não é mesmo?
De fato, ainda há um longo caminho para que as mulheres tenham o reconhecimento que merecem. Entretanto, muita coisa já mudou devido aos esforços e feitos de muitas pioneiras. E, hoje, vamos te mostrar algumas figuras que enfrentaram as opressões e, com isso, marcaram história.
A seguir, conheça um pouco mais da história de algumas mulheres que inspiram o mundo!
Histórias de 7 mulheres que inspiram
Anne Frank
Anne Frank é uma das pessoas mais marcantes da história da humanidade. No caso, Anneliese Marie Frank foi uma adolescente alemã (de origem judia) que viveu na Holanda durante a perseguição do regime nazista. Por sinal, esse período também contou com os horrores do Holocausto.
Por ter origem judia, ela foi uma das milhares vítimas do nazismo. Dessa forma, Anne morreu quando tinha apenas 15 anos no campo de concentração Bergen-Belsen, na Alemanha.
Sua história se tornou conhecida porque Anne relatava seu dia a dia em um diário, em que escrevia desde os 13 anos de idade. Nele, estavam escritas as suas impressões de mundo, os sentimentos e o convívio com outras pessoas em um esconderijo.
Infelizmente, o único sobrevivente da família foi o seu pai, Otto Frank. Algum tempo depois, ele encontrou os relatos da filha e, então, publicou o livro “O diário de Anne Frank”, em 1947. A propósito, esse é um dos testemunhos mais emocionantes daquele período terrível.
Rosa Parks
Rosa Parks serviu como pivô para o boicote aos ônibus de Montgomery, capital do estado do Alabama. No fim das contas, isso resultou no fim da lei de segregação racial dos transportes públicos da cidade. Mas, por que isso acontecia?
Na década de 1950, muitas cidades dos Estados Unidos tinham uma lei que dava assentos aos passageiros “brancos”. Contudo, em 1955, Rosa se recusou a ceder o lugar para uma pessoa branca. E, devido à sua atitude “subversiva”, a ativista foi presa.
Porém, o evento gerou uma grande indignação na população negra dos EUA. Então, isso serviu como impulso para uma série de grandes protestos. Consequentemente, o ato de Parks levou à anulação das leis de segregação racial.
Joana D’arc
Certamente, você já ouviu falar desse nome nos livros de história, não é mesmo? Pois bem. Joana D’arc foi uma mulher francesa que se tornou a chefe de um exército na Guerra dos Cem Anos. Mas, antes disso, era uma camponesa sem formação.
Durante o conflito com a Inglaterra, Joana cortou seu cabelo bem curtinho e vestiu-se como homem. Vale lembrar que, na época, apenas os homens eram aceitos no meio militar. Assim, ela chegou à posição de chefe e liderou um exército inteiro na batalha.
Posteriormente, ela foi descoberta e se tornou um alvo da Inquisição, o que levou à sua execução. Apesar disso, em 1920, a Igreja Católica canonizou Joana D’arc como uma santa.
Valentina Tereshkova
Tereshkova foi a primeira mulher a ir para o espaço. E não apenas isso. Até os dias de hoje, ela é a única que realizou um voo solo. Por falar nisso, a russa conquistou essa oportunidade após se destacar mais do que as outras candidatas por ser uma exímia paraquedista. E isso era algo considerado fundamental para o voo com a nave Vostok VI – realizado em 1963.
Por conta de seus feitos, Valentina Tereshkova recebeu duas condecorações nacionais: a Ordem de Lenin e a de Herói da União Soviética. Incrível, não é?
Malala Yousafzai
Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa que ficou conhecida mundialmente. No caso, a fama dela se consolidou pelo empenho em ajudar mulheres e crianças a ter a liberdade de poder estudar. Isso porque é algo que vai contra as ordens do talibã.
Mas, nem tudo são flores. Devido dos seus esforços em defender o direito feminino de frequentar a escola, Malala pagou um alto preço. Em 2021, ela foi perseguida e sofreu um atentado. Após meses de recuperação, a paquistanesa se recuperou e fundou a Malala Fund.
Por meio da sua organização sem fins lucrativos, ela defende a educação de meninas em todo o mundo. Aliás, sua luta foi reconhecida e, em 2014, aos 17 anos de idade, Malala Yousafzai ganhou o prêmio Nobel da Paz. E o melhor: ela se tornou a pessoa mais jovem a ser premiada.
Sofia Ionescu-Ogrezeanu
De origem romena, Sofia Ionescu-Ogrezeanu é uma das mulheres que marcaram história na medicina.
Em 1939, ela ingressou na faculdade de medicina em Bucareste. Inicialmente, se dedicou à oftalmologia. Porém, com o passar do tempo, se tornou voluntária para tratar os prisioneiros soviéticos. E, ali mesmo, passou a realizar algumas cirurgias.
Depois de um bombardeio em Bucareste, Sofia teve que realizar uma cirurgia de emergência no cérebro de uma criança. Após a operação, a romena decidiu se aprofundar nos estudos envolvendo a neurocirurgia. Dessa forma, ela se tornaria a primeira mulher neurologista da história.
Enfim, Sofia se dedicou integralmente à profissão. E, com isso, contribuiu com grandes avanços para as pesquisas neurocientíficas.
Marta Viera da Silva
A brasileira que nasceu no estado de Alagoas é conhecida como a melhor jogadora de futebol da história, e sem dúvidas é uma das atletas mais importantes de todos os tempos.
O esporte como um todo ainda é amplamente dominado pelos homens, e no meio do futebol isso é ainda mais evidente. Então, quando uma mulher consegue ser eleita a melhor jogadora do mundo por 6 vezes – sendo 5 delas seguidas – e é merecidamente reconhecida por isso, mostra a importância da Marta e como ela conseguiu fazer que o futebol feminino ganhasse espaço dentro do cenário do esporte.
Por conta de seus feitos, certamente a Marta é uma das inúmeras atletas mulheres que inspiram outras a realizarem seus sonhos no meio esportivo.
Além destas, existem muitas outras mulheres que inspiram o mundo. Mas é sempre importante tentar fazer uma justa homenagem e relembrar seus nomes, já que estes muitas vezes são esquecidos e deixados de lado pela história e mídia.